Nesta semana, a médica pediatra Juliana de Pina Araújo foi condenada pelo Tribunal do Júri de Brasília à 12 anos de prisão pela morte do seu filho, de apenas três anos. O caso ocorreu em junho de 2018, no Distrito Federal, e a mulher foi presa em flagrante pelo crime de homicídio duplamente qualificado.
De acordo com o laudo médico, a criança, que não teve o nome divulgado, morreu por overdose medicamentosa no apartamento da família, localizado na quadra 210 da Asa Sul. O júri reconheceu a semi-imputabilidade – perda parcial da compreensão da conduta ilícita praticada – da mãe, já que na época do crime, ela sofria com um quadro de depressão severa.
Com isso, a pena foi substituída por medida de segurança de internação. A defesa da médica alega que ela segue internada em uma clínica psiquiátrica desde o dia do crime, quando também tentou cometer suicídio.
Relembre o caso
Em 27 de junho de 2018 a médica deu ao filho várias medicações que eram proibidas para crianças, o que levou ao quadro de intoxicação. Além disso, ela também fez um corte na virilha da criança – enquanto ela ainda estava viva – e lesionou a artéria femoral direita.
Em seguida, ela saiu correndo ensanguentada pelo condomínio pedindo ajuda aos vizinhos, que chamaram a polícia. A criança chegou a ser levada para o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), onde a pediatra trabalha, mas não resistiu. No local do crime foram encontrados uma cartela de ritalina e duas de frontal, que são remédios controlados.