Em documentário exclusivo e disponível nas redes sociais, o empresário paulista José Lemes conta com detalhes a história de como realizou uma investigação privada para enfrentar ameaças de morte do PCC (Primeiro Comando Capital), contra ele e sua família.
O documentário de 44 minutos mostra que um hacker russo, ex-integrante da KGB (Polícia Secreta da extinta União Soviética), foi contratado por José Lemes para invadir o iPhone da própria mãe. Para se ter ideia do grau de dificuldade, a Apple oferece um milhão de dólares para quem conseguir acessar um de seus aparelhos.
Ele precisou fazer isso porque Verane Murad Lemes, mãe de José, é dependente química desde os 15 anos. De acordo com o empresário, de 35 anos, sua família é ameaçada por criminosos desde 2017, por causa da dependência química de sua mãe, já que ela mantinha contato com integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Porém, para evitar que os filhos a internassem ou interditasse, Verane e os traficantes bolaram um plano para que ela ingressasse com uma medida protetiva contra José Lemes. Assim, ele poderia ser retirado de casa e ela continuaria a se drogar livremente.
Verane era uma cliente classe A do PCC. Só com cocaína, ela gastava aproximadamente 20 mil reais por mês. Em uma das interceptações, realizadas por meio de um software israelense conhecido como Pegasus e disponível apenas para autoridades de segurança governamentais, a equipe de José Lemes flagrou uma conversa entre Verane e uma amiga, na qual dizia que um segurança da família iria apertar seus braços para causar hematomas.
Além disso, até mesmo um plano para matá-lo, tramado pela própria mãe, foi descoberto. No início desse mês, José Lemes foi alvo de um atentado em Santo Expedito, em São Paulo. Na ocasião, o carro que ele dirigia foi atingido por um tiro, na janela do motorista. Segundo o empresário, o tiro foi disparado por um outro carro que passava no local. A Polícia Civil segue investigando o caso.
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