Um estudo realizado em Hong Kong e publicado na revista Nature Communication mostrou que a CoronaVac induz resposta imune em crianças e adolescentes ainda maior do que em adultos.
A pesquisa incluiu 239 crianças e adolescentes com idades entre 11 e 17 anos recrutados em escolas de Hong Kong, além de 288 adultos a partir dos 18 anos.
Amostras de sangue foram coletadas antes de cada dose da CoronaVac e quatro semanas após a segunda dose. As vacinas foram administradas com intervalo de um mês e as reações adversas foram leves.
Após a vacinação, 94% das crianças e adolescentes produziram anticorpos IgG anti-Spike, enquanto nos adultos a taxa foi de 82%. A produção de anticorpos IgG anti-RBD foi 96,6% nas crianças e 96,1% nos adultos.
Já a soroconversão de anticorpos neutralizantes no público pediátrico alcançou 100%, contra 94,7% entre os adultos.
A capacidade de neutralização do vírus observada nas amostras foi 71,2% nas crianças e 54,6% nos adultos.
De acordo com os pesquisadores, as respostas celulares induzidas pela CoronaVac também foram altas. O trabalho foi conduzido por pesquisadores das universidades de Hong Kong, de Oxford e de Melbourne, do Centro de Imunologia e Infecção de Hong Kong, entre outras instituições.
CoronaVac evitou hospitalizações em crianças durante ômicron
A CoronaVac é feita com o vírus inteiro inativado, diferente de outras plataformas, como RNA mensageiro, que focam só na proteína S.
Um estudo de efetividade feito no Chile com 500 mil crianças, com idades entre 3 e 5 anos, comprovou que a CoronaVac protege 69% contra internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 64,6% contra hospitalização pela Covid-19 – mesmo durante o surto da ômicron, variante mais transmissível do SARS-CoV-2.
Outros trabalhos científicos sobre a eficiência da vacina brasileira contra a covid-19 no público pediátrico podem ser acessados aqui.
Com informações do Instituto Butantan**