Em Brasília, indígenas marcham e denunciam o aumento da violência contra povos originários

Nesta quinta-feira (15), aproximadamente 120 lideranças indígenas estão em marcha em Brasília, onde denunciam o aumento da violência contra os povos originários e cobram providências do governo. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), sete indígenas foram assassinados só em setembro.

O ato começou na Esplanada dos Ministérios e depois seguiu em direção ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. Todo o percurso foi acompanhado pela Polícia Militar. Além de justiça pelos vários indígenas assassinados no Brasil, os manifestantes também pediam a conclusão do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), da ação sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Além disso, os indígenas também protestaram contra o desmonte dos mecanismos de fiscalização e proteção territorial, determinados pelo governo federal.

Segundo os povos originários, a medida têm acirrado conflitos e motivado ações violentas contra eles, que vêm sofrendo com o aumento da violência e com a impunidade dos agressores.

No local, os indígenas seguravam faixas com os dizeres como: “STF – nosso direito é originário. Não ao marco temporal”; “Queremos um Brasil vermelho de urucum, não de sangue” e “Justiça Gustavo Pataxó”. Segundo o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), recentemente sete indígenas foram mortos em contexto de violência no Maranhão, Mato Grosso do Sul e Bahia.

Um dos nomes citados nos cartazes, Gustavo Pataxó, tinha apenas 14 anos quando foi morto a tiros por pistoleiros no município de Prado, na Bahia, no início deste mês. O caso aconteceu na região onde o povo originário realiza uma retomada de território.

Foto: Mayke Toscano



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