Comunidades católicas e evangélicas de Recife se mobilizaram após tuítes da bolsonarista Sara Winter, que revelou detalhes da operação para se fazer o aborto da criança, vítima de estupros por parte de um tio durante quatro anos
Católicos mobilizados em frente a hospital de Recife (foto: Portal Folha de Pernambuco)Por Victor Farinelli
O caso da menina de 10 anos grávida devido ao estupro sofrido por parte de um tio se tornou uma novela neste domingo (16), depois que a campanha de grupos bolsonaristas para evitar que a menor possa realizar um aborto ganhou dimensões absurdas.
Um dos episódios dessa novela foi a mobilização de grupos cristãos ultraconservadores que realizou um cordão na entrada do hospital da capital pernambucana onde a menina teria sido levada para fazer o aborto. Um desses grupos seria a comunidade católica Porta Fidei, mas também há relatos sobre a presença de grupos evangélicos no local.null
Vídeos difundidos nas redes sociais mostram que a iniciativa do grupo visava impedir a entrada de um médico que supostamente seria o designado para realizar o aborto, além de hostilizá-lo. As imagens mostram o grupo apontando para o médico do lado de fora do edifício e gritando “assassino, assassino”. Também houve gritos contra a Rede Globo, dizendo “Globo lixo”.
Em um segundo momento, o grupo arma uma confusão na entrada, tentando invadir o hospital.