Imunizante, que vinha sendo testado inclusive em brasileiros, apresentou reações adversas
nullBoletim covid-19, desta segunda-feira, dia 07, em Volta RedondaDivulgaçãoBrasília – A farmacêutica AstraZeneca anunciou a suspensão dos testes com a possível vacina contra a covid-19 após a suspeita de reações adversas provocadas pelo imunizante. A informação foi publicada, nesta terça-feira, pelo jornal americano The New York Times, citando o site Stat News, especializado em saúde e tecnologia. Desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford, esta vacina é a aposta do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para imunizar a população.
De acordo com o portal, um porta-voz da AstraZeneca informou que o padrão da revisão de processo desencadeia uma pausa na vacinação para permitir uma revisão das informações de segurança do imunizante.
A AstraZeneca e a universidade britânica de Oxford desenvolvem uma vacina, que inclui voluntários brasileiros, que estava em estágio avançado de pesquisa em parceria com a Fiocruz.
“Esse é um processo de rotina que precisa acontecer conforme seja detectados potenciais problemas em um dos braços de teste”, afirma a AstraZeneca.
A farmacêutica diz ainda que, em estudos com participação de muitas pessoas, como é o caso da fase 3 da vacina em questão, problemas de saúde ocorrerão aleatoriamente, mas tais casos precisam ser analisados por uma equipe independente.
A pausa pode impactar o cronograma de conclusão do estudo. A empresa afirma que está trabalhando para revisar o evento encontrado e minimizar qualquer potencial impacto no cronograma.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou que a decisão de pausar os estudos veio do laboratório, que comunicou a medida os países participantes. De acordo com fonte da Anvisa, o laboratório apenas enviou um comunicado à agência sobre a interrupção, sem detalhar que tipo de efeito colateral foi notado em participante do estudo, por exemplo, que levou a travar os trabalhos. Técnicos da Anvisa, agora, buscam mais informações da AstraZeneca.
“A decisão de interromper os estudos foi do laboratório, que comunicou os países participantes. A Anvisa já recebeu a mensagem e vai aguardar o envio de mais informações para se pronunciar oficialmente”, disse a Anvisa em nota.
Nesta terça (8), o ministro interino da saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que “em janeiro do ano que vem, a gente começa a vacinar todo mundo”.