Informações divulgadas nesta segunda-feira (16), mostram que o Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus cedeu parte do prédio para que manifestantes bolsonaristas e antidemocráticos pudessem guardar seus pertences, antes da operação militar que visava pôr um fim aos acampamentos.
Todas as informações constam no documento da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) e da Procuradoria-Geral do Estado enviados à Casa Civil e ao Judiciário logo após o cumprimento da ação pela Polícia Militar.
A operação que retirou os manifestantes aconteceu no último dia 9 de janeiro, logo após ordenamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e da 1ª Vafra Federal do Estado do Amazonas, determinando o fim dos acampamentos.
Na decisão, a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) afirma que o Comando Militar da Amazônia (CMA) participou de duas reuniões do gabinete de crise; disponibilizou, para quem solicitou, espaço para guarda temporária de material usado no manifesto; realizou negociação de maneira individual e dentro do quartel, diferente do tratado em reunião, quando seria em conjunto com a Polícia Militar.
Em outra manifestação, a Procuradoria reforça o descumprimento e informa à 1ª Vara Federal que ‘não houve qualquer auxílio das Forças Armadas à Polícia Militar para o cumprimento da missão’.