Governo do Amazonas incentiva produção sustentável de artesanato a partir de planta amazônica
O Governo do Amazonas, por meio do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), está realizando o acompanhamento técnico do Projeto Educacional de Design de Artesanato e Desenvolvimento Sustentável na comunidade Vila Ecológica Céu dos Estorrões, em Ipixuna (a 1.367 quilômetros de Manaus). As peças artesanais são produzidas com fibra vegetal retirada da folha da palmeira, e o trabalho é organizado pela Associação de Apoio ao Agroextrativismo de Ipixuna.
O projeto é resultado do edital 2020 do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS). As atividades contam também com o apoio da Igreja do Santo Daime no município, Instituto Viçosa-MG e Instituto Nova Era de Ribeirão Preto-SP. O trabalho com artesanato iniciou em 2018 e atende 43 associados, beneficiando direta e indiretamente cerca de 35 famílias. Entre os produtos confeccionados estão maracas, terços, linhas do tucum e pulseiras.
De acordo com a coordenadora geral do projeto, Christiana Braconnot, o objetivo é aumentar a capacidade produtiva dos itens, introduzir novas tecnologias artesanais por meio da capacitação em tear manual, facilitar o escoamento da produção e fortalecer o desenvolvimento sustentável da comunidade, por meio do comércio justo e da economia solidária.
“A Associação garante a sobrevivência e valorização cultural dos conhecimentos ribeirinhos, em especial o resgate da fiação da linha do tucum, técnica que estava em extinção. Damos a oportunidade de desenvolver as habilidades, visto que o projeto valoriza a feitura da linha manual”.
Para o gerente do Idam em Ipixuna e diretor técnico do projeto, Valdécio Gomes, a comunidade é bastante integrada com a natureza e atividades voltadas à sustentabilidade. “O projeto é de extrema importância para gerar renda às famílias e ajudar na prática da agricultura familiar. Para isso, o Idam faz todo o acompanhamento técnico para apoiar o fortalecimento do projeto”, destacou.
Comercialização – Até 2019, parte da produção de artesanato era vendida a varejo dentro da comunidade, que tem dois eventos anuais ligados ao turismo ecológico e religioso.
Durante a pandemia, a associação criou uma página no Instagram, ainda em construção, para facilitar a divulgação e venda do produto. “Procuramos soluções digitais que vão ao encontro das necessidades impostas pelo atual momento. A ideia é massificar a venda pelas redes sociais e e-commerce”, concluiu Christiana.