Ricardo Teixeira de Araújo, de 34 anos, conhecido como “Kakati”, foi preso pela Polícia Civil suspeito de comandar o tráfico e encomendar mortes no bairro Japiim, zona Sul de Manaus.
O delegado titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, citou detalhes sobre o que concluiu as investigações da especializada, em relação aos assassinatos de Jackson de Moura Fernandes, de 27 anos e Elcir Mário Ferreira, em datas diferentes, no bairro Japiim.
Segundo informações do delegado Ricardo Cunha, Kakati teria encomendado a morte de Elcir Mário, após rumores no bairro apontarem a vítima como delator, uma vez que, a polícia teria ido em uma comunidade do bairro e realizou apreensões no local. Elcir foi apontado como o “X9” e teve a morte decretada. Ele foi assassinado a tiros dias depois.
“Elcir era um pedreiro que morava no bairro e ele foi apontado pelo grupo criminoso como delator. Dias antes d morte de Elcir, a polícia fez uma operação na área e deu um grande prejuízo ao tráfico de drogas para esse grupo. E surgiu um boato na comunidade de que o Elcir teria denunciado”, disse o delegado.
No caso do barbeiro Jackson, as investigações apontam que Kakati tenha ligação direta e que até mesmo tenha participado da morte, que teria sido motivada após a vítima negar usar a barbearia dela como ponto de venda de drogas. Jackson estava na casa da mãe no dia 24 de dezembro de 2021, quando foi chamado para ir até um escadão do Japiim. Lá ele foi assassinado a tiros.
“Ele se recusou e por isso, também teve sua morte decretada. No dia 24 de dezembro, véspera de Natal, pessoas ligadas ao Kakate vão à sua casa e pedem que ele se desloque imediatamente à uma escadaria nesse beco, que Kakati estaria esperando por ele. Jackson presumiu que iria morrer e se despediu dos pais e não foi diferente, ele foi alvejado na frente de várias pessoas”, disse Ricardo.
Uma outra pessoa que também é suspeito de participar da morte de Jackson, já havia sido presa pela DEHS. As investigações continuam.