O conflito entre os deputados Wilker Barreto (Podemos) e Sinésio Campos (´PT). Wilker teria criticado a decisão do ministro Edson Fachin à favor de Lula, enquanto o colega, Sinésio, o defendia.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pautou o debate na Assembleia Legislativa do Amazonas na terça-feira (9) entre os deputados. O motivo foi por causa da decisão que anulou todas as condenações do petista pela Justiça Federal do Paraná no âmbito da Operação Lava Jato.
O conflito entre os deputados Wilker Barreto (Podemos) e Sinésio Campos (´PT). Wilker teria criticado a decisão do ministro Edson Fachin à favor de Lula, enquanto o colega, Sinésio, o defendia.
“Quero fazer uma reflexão e não impero o mundo do direito, mas sou racional. A decisão da sentença de ontem não considerou que a Lava a Jato desvendou inúmeros crimes de bilhões e apenas porque não era a vara competente de Curitiba. Daqui a pouco, vamos ter parlamentares dizendo que a Lava Jato não existiu e foi um conto de fadas, que o desvio na Petrobras não existiu e que o Lula é honesto. O Lula é um criminoso. O crime dele é do colarinho branco, mas é um criminoso”, disparou o deputado do Podemos”.
Não satisfeito, o deputado petista rebateu o colega. “O que nós tivemos é que a Justiça foi feita de forma plena. A sua fala Wilker atinge todos os companheiros do PT e eu estou no 9º mandato e nunca respondi um boletim de ocorrência. Nunca respondi processo na minha vida. Vamos deixar de tratar as coisas aqui de uma forma simplista. Todos sabem que o Fachin era oposto do Moro e deu a decisão contrária. Agora vamos sair de Curitiba e vamos para o lugar correto e julgar”, disse Campos.
Além de Wilker e Sinésio, o bolsonarista delegado Péricles, aliado de Bolsonaro, resolveu entrar na briga. ““Elas (condenações) foram julgadas por outros juízes, por três desembargadores do TRF (Tribunal Regional Federal) e pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça), com provas robustas de tudo o que aconteceu. Ou nós já esquecemos dos R$4 milhões pagos pela Odebrecht para financiar as palestras fakes do ex-presidente pelo Instituto que leva o nome dele? Ou nós esquecemos da mesada paga ao irmão dele, o Frei Chico, de R$5 mil por mês? Ou, ainda, esquecemos a delação do Renato Duque, do Palocci, ao dizer que o Lula tinha o comando de tudo?”, completou.