Na segunda-feira (23), o presidente Lula (PT) disse, durante sua viagem à Argentina, que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016 foi um golpe de Estado no Brasil e que, após sua saída, o país entrou em retrocesso. O petista discursou estava ao lado do presidente da Argentina, Alberto Fernández, e do ex-presidente da Bolívia Evo Morales.
“Vocês sabem que depois de um momento auspicioso no Brasil, quando governamos de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado. Se derrubou a companheira Dilma Rousseff com um impeachment, a primeira mulher eleita presidenta da República do Brasil”, disse Lula.
Segundo o petista, depois da saída de Dilma, “o Brasil entrou em um retrocesso que eu jamais imaginei que o Brasil poderia entrar. Tivemos durante quatro anos um presidente que tomou a iniciativa de se isolar do mundo”, acrescentou Lula.
Em 2 de setembro de 2015, o então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PTB), acolheu um pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, o que era uma de suas prerrogativas.
A petista foi denunciada pelas pedaladas fiscais, que configuraram crime de responsabilidade, motivo para impeachment previsto no artigo 85 da Constituição e na Lei nº 1.079.
Dilma teve seu segundo mandato encerrado em 31 de agosto de 2016. O processo de impeachment passou pelo Congresso Nacional e foi supervisionado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na Câmara, a destituição da então presidente teve 367 votos a favor, 137 contra e 7 abstenções. Já no Senado, foram 61 votos favoráveis e 20 contrários.
Portanto, o impeachment não foi um “golpe”. O processo seguiu todos os trâmites legais.
Com informações do Gazeta Brasil