A Prefeitura de Manaus está implantando 47,5 novos quilômetros de ciclovias e ciclofaixas na cidade, que irão beneficiar trechos como a avenida Senador Álvaro Maia (Boulevard), zona Centro-Sul, avenida Brasil até a Ponta Negra, zona Oeste, avenida governador José Lindoso (das Torres) e avenida Itaúba, zona Leste.
“Esse projeto faz parte de uma grande modernização que vem acontecendo, por determinação do prefeito Arthur Virgílio Neto, para melhoria da mobilidade urbana da cidade, assim como todas as obras de intervenção de trânsito que estão sendo executadas”, explicou o diretor de engenharia da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), Roger Fonseca.
A implantação de novas ciclovias e ciclofaixas vai auxiliar a mobilidade urbana e é realizada pela empresa SR Empreendimentos e Serviços, vencedora de licitação, com previsão de entrega para setembro. As avenidas Senador Álvaro Maia e Brasil até a Ponta Negra contarão com 24,7 quilômetros, entre ciclovia e ciclofaixa. Já na avenida das Torres, o percurso total é de 15,8 quilômetros de ciclofaixa e ciclovia, considerando o caminho de ida e volta, além de outros quatro quilômetros de faixa recreativa. Enquanto a avenida Itaúba ganhará três quilômetros de ciclofaixa exclusiva para recreação.
No acesso à avenida das Torres, a fase é de preparação do subsolo para a ciclovia, trabalho que acontece, simultaneamente, em três pontos da cidade. As ciclovias se destacam porque funcionam de forma independente do fluxo de trânsito normal, trazendo mais segurança ao ciclista. Para o trabalho de construção das ciclovias, estão inclusos a limpeza e nivelamento do terreno, preparação do subsolo, aplicação de piso em concreto armado, para dar mais firmeza ao solo, pintura e sinalização vertical e horizontal, além da iluminação de LED.
Na fase do desenvolvimento para a construção do projeto, houve reuniões onde a Federação de Ciclismo do Amazonas e grupos de pedal puderam participar. Dentre os participantes está Marcelo Correia, que faz parte do grupo de ciclismo “Alto Giro”, que funciona na zona Norte. Ele participou de todas as reuniões para o desenvolvimento do plano de mobilidade e usa a bicicleta como meio de transporte e para lazer.
“O modal da bicicleta é extremamente importante para quem o usa como veículo de locomoção ou atividade esportiva. Além dos equipamentos de segurança para os ciclistas, as ciclofaixas e as ciclovias vêm para agregar e possibilitar a locomoção desse ciclista com maior segurança. Dentro do trânsito, todos são importantes e possuem um papel fundamental: o respeito às leis de trânsito e à vida”, observou Marcelo.
Atualmente, a capital do Amazonas conta com, aproximadamente, 38 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas em vias públicas, parques e praças. “A gestão do prefeito Arthur vai deixar um grande ponto de partida, que são as ciclovias e ciclofaixas, além de outras obras, para o incentivo ao uso da bicicleta”, disse o subsecretário municipal de esporte e lazer, João Holanda, que agora integra a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).
Segundo ele, outra grande obra que deverá ser palco de grandes eventos esportivos também servirá de incentivo ao uso da bike, o velódromo municipal, que está em andamento no conjunto Aruanã, bairro Compensa, zona Oeste. O espaço, antes ocioso, tem de seis mil metros quadrados dará lugar a um complexo que englobará as modalidades de ciclismo, com pista oval, e de tênis, com uma quadra na área no centro da pista. As estruturas terão medidas oficiais para realização de eventos locais e nacionais. Vale lembrar que Manaus voltará a ter um velódromo 120 anos após ter o primeiro.
‘Manobike’
A Prefeitura de Manaus também está finalizando o edital para chamamento público de empresas interessadas em administrar o sistema de bicicletas compartilhadas, o “Manôbike”. A novidade será um sistema que poderá ter bicicletas compartilhadas, bikes elétricas, patinetes e veículos que se enquadrem nos requisitos do edital.
Aprimorando o sistema, o novo edital prevê a exploração do serviço de compartilhamento de veículos de propulsão humana e equipamento de mobilidade individual autopropelidos ou cicloelétricos, por meio de empresa operadora credenciada pelo Implurb. O credenciamento deverá ter validade de 12 meses.
Junto com o sistema, a capital ganhou, ainda, uma ciclorrota de 14,5 quilômetros, que receberam sinalização horizontal e vertical, num grande quadrilátero no Centro, para garantir maior segurança aos usuários do trânsito, especialmente aos ciclistas. Vale destacar que ciclorrotas indicam a presença e a preferência da bicicleta.
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Texto – João Paulo Gonçalves / Semcom