McDia Feliz vai acontecer no próximo dia 21

Os recursos arrecadados pela campanha são utilizados para o tratamento de crianças com câncer infanto-juvenil e no incentivo à educação


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A edição do McDia Feliz, que este ano acontece no dia 21 de novembro, segue como um dos maiores pilares de arrecadação de fundos para o combate ao câncer infanto-juvenil por meio do Instituto Ronald McDonald e também no apoio à educação de jovens e crianças apoiadas pelo Instituto Ayrton Senna.

Este ano, a campanha será marcada pelo uso de recursos digitais e iniciativas para incentivar o distanciamento social, entre outros cuidados especiais. Pela primeira vez, será possível adquirir vouchers de sanduíches antecipados no formato digital, que estarão disponíveis pelo site ou aplicativo do McDonald’s, e ainda pelo e-commerce do Instituto Ayrton Senna e Ronald McDonald. O valor do voucher antecipado para compra de Big Mac no McDia Feliz será o mesmo do último ano, R$ 17,00.


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Os vouchers no formato digital já estão disponíveis pelo site https://giftcard.mcdonalds.com.br ou diretamente pelo e-commerce do Instituto Ayrton Senna.

Quem preferir adquirir os tradicionais vouchers físicos deve enviar um e-mail com sua solicitação para e-mail: mcdiafeliz@ias.org.br.

Fomento à educação

O vice-presidente do Desenvolvimento Global & Comunicação do Instituto Ayrton Senna, Emílio Munaro, ressaltou a importância da campanha pois, parte dos recursos arrecadados, beneficiaram mais de 170 mil estudantes no ano passado com o projeto “Gestão de Alfabetização”.

“Nosso trabalho com Manaus vem desde o final do ano de 2014 com o acordo de cooperação com a rede de ensino público em Manaus. No ano de 2015, nós começamos dois programas: o ‘Se Liga’, destinado aos alunos que não conseguiram se alfabetizar na idade correta; e o ‘Acelera’, que visava a aceleração de aprendizagem. Por exemplo um aluno de 14 que deveria estar no sétimo ou oitavo ano, está no quinto ou sexto ano. Com o programa e dependendo do desenvolvimento deste aluno, ele acaba fazendo dois anos em um, corrigindo este fluxo. Nos anos seguintes até o ano passado, nós implantamos mais dois programas o ‘Fórmula da Vitória’, que apoiava os alunos do sexto ao nono ano nas disciplinas de português e matemática; e o ‘Gestão da Alfabetização’ que junto com o gestores e coordenadores pedagógicos buscava fazer o acompanhamento contínuo da aprendizagem dos estudantes, que beneficiou os alunos desde os anos iniciais até o último ano do Ensino Fundamental”, destacou Munaro.

Neste ano, Munaro pontuou que apesar das escolas estarem fechadas por conta da pandemia do coronavírus, o Instituto Ayrton Senna não deixou de realizar os projetos na rede de ensino pública. Porém, desta vez, focado nos profissionais da educação.

“A gente começou a perceber que muitos professores e gestores estavam com medo da retomada destas  aulas. Nós fechamos uma parceria com o Consede [Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação] e com a UDIME [União dos Dirigentes Municipais de Educação], com estes dois entes nós criamos o programa ‘Volta ao Novo’ que tinha objetivo fortalecer as bases de desenvolvimento sócio-profissional dos gestores e professores, dando-lhes inclusive, condições deles organizarem o processo de ensino-aprendizagem com os alunos”, pontuou o vice-presidente.

Retorno às aulas

Munaro aproveitou o momento para ressaltar a importância do retorno às aulas presenciais de forma planejada e com o aval das autoridades públicas de saúde, principalmente no Amazonas.

“Quero frisar aqui a importância do retorno às aulas presenciais. Muitas escolas no Brasil não irão voltar este ano, só ano que vem. Outras como o Amazonas já voltaram. Independente do que foi decidido, as autoridades  públicas devem tomar o retorno com base na ciência. Não no achismo, muito menos ideologia ou situação política. Quem tem que determinar isso são as autoridades públicas de saúde. É importante que as aulas retornem. Veja bem, com a pandemia, o comércio, a indústria, os serviços, e a educação, todos os setores pararam. Só que depois que tudo isso passou, todos estes setores voltaram menos as escolas. Por quê? Acredito que deve ser feito sim o retorno, mas um retorno planejado e alinhado ao que as autoridades públicas de saúde dizem”, ressaltou Munaro.

Oncologia pediátrica

Outro setor que a arrecadação dos fundos da Campanha McDia Feliz abraça é o tratamento de crianças com câncer em Manaus. Segundo Francisco Neves, superintendente do Instituto Ronald McDonald (IRM) em parceria com o Grupo de Assistência à Criança com Câncer do Amazonas (GACC-AM), atuou em diversos projetos para para aproximar famílias da cura do câncer infanto-juvenil e aumentar as chances de cura da doença.

“Em 2018, foram desenvolvidos os projetos: A casa é Sua – Acolhimento Institucional, através da manutenção de projetos psicossociais onde investimos R$ 133.269,00, valor total para o a realização projeto; Capacitação de Profissionais para o Diagnóstico de Leucemias, onde investimos R$ 63.020,00 para a capacitação técnica de 40 profissionais da área da saúde. No ano passado foi realizado a aquisição de veículo, GACC Manaus, e um projeto psicossocial tanto para o GACC quanto para o Hemoam [Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas], sob o valor de R$ 279,522 mil. Além destes, há também o projeto Mão Amiga, que iniciamos no ano de 2020 onde será investido valor de arrecadação para manutenção de projetos psicossociais”, destacou o superintendente.

Francisco Neves ressalta também a importância da campanha para o desenvolvimento de projetos voltados a região amazônica. Pois, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer, hoje é a doença que mais mata crianças e adolescentes de 1 a 19 anos, a cada hora temos um novo da doença no Brasil. A chance média de sobrevivência à doença é estimada pelo Inca em 64%. Porém, as chances não são as mesmas em todas as regiões do país, como o Amazonas.

“Quando começamos a trabalhar com diagnóstico precoce em 2001, o cenário da oncologia pediátrica no país era outro. Constatamos que o Brasil não tinha estruturas adequadas para atender as crianças com câncer. Existia naquela época uma imigração muito forte de crianças do Norte, Nordeste e Centro-Oeste para os grandes centros de oncologia como Rio de Janeiro e São Paulo. Com o passar do tempo e com os projetos desenvolvidos pelo Instituto Ronald McDonald conseguimos reduzir bastante essa realidade. O nosso objetivo é que possamos alcançar 85% de chances de cura em crianças que enfrentam o câncer, indicador dos países com alto IDH [Índice de Desenvolvimento Humano]”, ressaltou Neves.

Compromisso

O superintendente que está engajado nesta causa desde antes mesmo da fundação da instituição, quando em 1990, vivenciou junto com sua família a perda do filho caçula, Marquinhos de apenas 8 anos, diagnosticado com Leucemia Linfoide Aguda.

A partir de então, Chico Neves, junto a parentes e amigos, iniciou a luta para que crianças e adolescentes com câncer e seus familiares tivessem no Brasil as mesmas condições de tratamento e apoio que recebeu no exterior. “Foi um momento muito doloroso para todos nós, mas aos poucos decidimos transformar a nossa dor pela perda numa causa e ajudar outras famílias na mesma situação”, afirmou Neves.

Hoje, na direção de projetos que mudaram a realidade de crianças e adolescentes antes, durante e depois do tratamento do câncer. Para aproximar famílias da cura do câncer infanto-juvenil, o Instituto atua por meio dos programas: Diagnóstico Precoce, Atenção Integral, Espaço da Família Ronald McDonald e Casa Ronald McDonald.

“Através do Instituto Ronald McDonald conseguimos ajudar milhares de crianças, adolescentes e suas famílias durante, antes e pós-tratamento do câncer. Esse é o legado do Marquinhos, nosso filho, que nos impulsionou a lutar pela causa do câncer e para que família brasileiras tenham acessibilidade e condições de tratamento e auxílio equiparados ao de países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”, completou o superintendente Francisco Neves.

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