A equipe do ex-deputado estadual Arthur do Val e alguns membros do MBL (Movimento Brasil Livre) teriam tentado fabricar “provas” para acusar o padre Julio Lancellotti por pedofilia. As informações foram repassadas por dois ex-militantes do MBL para a Revista Piauí.
Segundo eles, a conta falsa em nome “Matheus Rocha Nunes” no Facebook era um personagem de 16 anos que tinha o intuito de trocar mensagens de cunho sexual com o suposto perfil de Lancellotti.
O padre nega que o perfil seja ligado a ele ou tenha trocado as mensagens. Segundo seu advogado, Luiz Eduardo Greenhalgh, todo o conteúdo foi alvo de manipulações.
A conta foi criada no dia 2 de setembro de 2020 e manteve contato com a suposta conta do padre até o dia 14 de setembro. Nesse período, em entrevista à rádio Jovem Pan, Do Val prometeu “desmascarar” Julio Lancellotti e o chamou de “tranqueira”.
Fernando Dainese e Lucas Studart afirmam, ainda, que a estratégia foi pensada por Renan Santos, fundador do MBL. A assessoria do MDB nega que Do Val e Renan Santos tenham criado um perfil falso. “São acusações falsas de desafetos bolsonaristas”, disse Israel Russo, chefe de comunicação do MBL, para se referir aos ex-membros.