Pelo menos dez militares e 19 supostos criminosos foram mortos durante a operação, na quinta-feira (5), para prender Ovidio Guzmán, filho do traficante de drogas preso Joaquín “Chapo” Guzmán. A informação foi divulgada pelo governo mexicano nesta sexta-feira (6).
Além disso, outros 35 soldados foram baleados e estão recebendo atendimento hospitalar, enquanto 21 pistoleiros foram presos. Não se tem informações de “civis inocentes” entre as vítimas fatais.
A operação policial que prendeu Ovidio Guzmán foi realizada na cidade de Culiacán, no Estado de Sinaloa. Segundo informações, a operação começou quando agentes da da Guarda Nacional, apoiados à distância pelo Exército, identificaram que havia pessoas armadas em caminhonetes no noroeste da cidade.
Com isso, os agentes cercaram a área e abordaram os veículos.
“Nesse momento, os criminosos reagiram, atirando nos guardas nacionais”, disse Luis Cresencio Sandoval, secretário da Defesa.
Ainda segundo ele, alguns dos veículos tinham blindagem caseira, característica de grupos do crime organizado. Após a intensa troca de tiros a situação foi controlada e identificaram Ovidio Guzmán como um dos indivíduos que estavam nos veículos.
De acordo com Sandoval, ele estava com armas de uso exclusivo do Exército e da Força Aérea mexicanos. A prisão de “El Ratón”, como López é conhecido, desencadeou uma onda de violência comandada por traficantes de drogas que integram um dos cartéis mais poderosos do México.
O crime organizado respondeu à operação com tiroteios, 19 bloqueios de estradas e incêndios de veículos.
Um dos ataques armados aconteceu no Aeroporto Internacional Federal de Culiacán e a base aérea militar número 10.
Após a sua prisão, Ovidio foi transferido para a prisão de segurança máxima de El Altiplano. Nesta sexta-feira, foi revelado que polícia apreendeu dezenas de armas de fogo de vários calibres, carregadores, cartuchos e equipamentos táticos durante a operação. Dezenas de veículos também foram apreendidos.
Sobre o “El Ratón”
O filho de El Chapo, de 32 anos, é identificado como o líder do cartel Los Menores (também conhecido como Chapitos), relacionado ao cartel de Sinaloa.
Ele chegou a ser preso em 2019, mas foi rapidamente libertado diante de uma violenta guerra desencadeada por grupos criminosos no Estado.
O traficante também era procurado pelos Estados Unidos, que ofereciam até US$ 5 milhões (cerca de R$ 26 milhões) por qualquer pista ou informação que levasse à sua prisão.
Com informações da BBC NEWS**