Após Hitler invadir a Polônia em 1939 — evento que determinou o início oficial da Segunda Guerra Mundial — seus exércitos ocuparam cidades, perseguiram, prenderam e mataram milhões de pessoas. No ano seguinte, em 1940, ocorreu um grande massacre na floresta de Katyn, na Rússia, e em localidades mais afastadas como Ostashkov – também naquele país – e Starobelsk, na Ucrânia.
Na ocasião, dezenas de milhares de prisioneiros poloneses foram mortos, mas não pelos nazistas, e sim pela União Soviética. Essa história é narrada no documentário “Os Carrascos de Stalin – O Massacre de Katyn”, que estreia com exclusividade no Curta! na próxima sexta-feira (30), às 23h (horário de Brasília).
Produzido pela Arte France, o filme vai além do momento em que mais de 20 mil pessoas — entre militares, policiais e civis — foram assassinadas: fala da Segunda Guerra, do pacto de não-agressão entre Alemanha e União Soviética, da divisão do território polonês combinada entre Hitler e Stalin, dos impactos da Revolução Russa e da formação da NKVD, a polícia política soviética.
Diversos filmes documentais ou ficcionais cederam cenas para ajudar na elaboração de “Os Carrascos de Stalin — O Massacre de Katyn” que, aliadas a um rico acervo de imagens de arquivo, explicam de forma didática e detalhada como o massacre aconteceu.
O longa mostra, também, os oficiais soviéticos — os “carrascos” — responsáveis pelas mortes e pela ocultação de qualquer tipo de vestígio do crime. Os corpos foram encontrados anos depois, ainda durante a Segunda Guerra, em um momento em que não havia mais o pacto de não-agressão entre URSS e Alemanha.
Foi o tempo necessário para que os “carrascos” alterassem provas e conseguissem transferir a culpa do horror para os nazistas, embora essa versão fosse, por vezes, questionada. Apenas às vésperas do colapso da União Soviética, em 1990 — portanto, cinco décadas depois —, o presidente Mikhail Gorbachev reconheceu a responsabilidade de Stalin no massacre. Veja o trailer do documentário: