Um vídeo que circula nas redes sociais causou revolta nesta terça-feira, 3. Nas imagens, um pai aparece espancando suas duas filhas, de 10 e 7 anos, na Praia de Itapuã, em Salvador (BA). Após a repercussão do vídeo, a Polícia Civil informou que o pai já foi identificado e que o caso está sendo investigado.
Em nota divulgada pelo O Globo, a polícia disse que um processo formal de investigação foi aberto, para que o agressor responda criminalmente pelo ato de violência. Além dele, as menores também serão ouvidas. O Conselho Tutelar também está em contato com a polícia para ajudar a averiguar os fatos.
No vídeo que circula desde domingo, 1º, o pai aparece transtornado com as meninas que teriam saído sozinhas pela praia e acabaram se perdendo. Com um chinelo em mãos, ele bate nas duas filhas, que caem ao chão e choram aos gritos enquanto recebem as pancadas. Uma delas chega a ser levantada pelo pescoço e depois é brutalmente arremessada ao chão.
O caso acabou viralizando e causou comoção nos internautas. Na manhã desta terça-feira, a cantora Ludmilla se pronunciou sobre a violência no Twitter. A artista fez um apelo para o Ministério Público da Bahia.
Após o acontecimento, o homem publicou diversos vídeos nas redes sociais em que se explica e pede desculpas desesperado. Em um deles, ele aparece chorando e disse estar foragido. Em seguida, ele volta a tentar justificar a agressão como uma “tentativa de educar” e terminou dizendo que não é “esse monstro que estão pensando”.
“Estou foragido, não sei como me apresentar, não tenho dinheiro para advogado, para nada. Uma pessoa que estava usando droga me prejudicou. Muitos ali na hora falaram: ‘Pai, o senhor está certo, tem que educar’. Mas, realmente, eu reconheço o meu erro. Eu passei do limite. Mas eu não matei minhas filhas, não dei ‘cacetada’, não dei facada, não dei paulada, não dei garrafada, eu bati com uma sandália. Quem nunca apanhou de sandália? Agora, eu mereço isso? Todo mundo querendo ‘arrancar a minha cabeça’ e ver meus filhos sem pai? Por quê? Por um momento de fraqueza em que tentei educar? Não sou esse monstro que estão pensando. Sou um pai de família”, disse ele na gravação.
A polícia ressalta que os cidadãos podem ajudar nas buscas por meio do Disque Denúncia, no canal de atendimento 181. Catraca Livre.