Pastor Everaldo é preso em operação da Lava Jato contra cúpula do governo do Rio

Presidente do PSC apoiou a candidatura de Witzel e dispunha de espaço no governo, tendo realizado diversas nomeações

POR O DIAPUBLICADO ÀS 28/08/2020 07:30:00ATUALIZADO ÀS 28/08/2020 09:38:14

nullPastor Everaldo chegou à Superintendência da PF por volta das 8h20Reginaldo Pimenta / Agência O DIARio – O presidente do PSC , Pastor Everaldo, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, em uma operação que mira um esquema de desvio na saúde. O governador Wilson Witzel foi denunciado pelo Ministério Público como líder do grupo e afastado do governo nesta sexta-feira.nullINDICADAS PARA VOCÊ

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Advogado entra com representação no MPF contra prisão domiciliar de QueirozPastor Everaldo, que já foi candidato à presidência da República, em 2014, apoiou a candidatura de Witzel e dispunha de espaço no governo, tendo realizado diversas nomeações. O ex-secretário de Saúde de Witzel Edmar Santos disse em sua delação que o pastor controlava e pressionava por contratações na pasta da Saúde.Leia: Defesa de Witzel se diz ‘surpresa’ com afastamento e destaca que decisão foi monocráticaPolíticos reagem a afastamento de Wilson Witzel; confiraO PSC informa que o ex-senador e ex-deputado Marcondes Gadelha, vice-presidente nacional do PSC, assume provisoriamente a presidência da legenda. O calendário eleitoral do partido nos municípios segue sem alteração. O PSC reitera que confia na Justiça e no amplo direito de defesa de todos os cidadãos. “O Pastor Everaldo sempre esteve à disposição de todas as autoridades, assim como o governador Wilson Witzel”, diz em nota.Procuradores do Ministério Público Federal (MPF), policiais federais e auditores da Receita Federal cumprem diversos mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços ligados aos principais nomes do governo do estado do Rio de Janeiro. Entre os alvos estão o governador, o vice-governador Cláudio Castro (PSC) e o presidente da Assembleia Legislativa do estado, André Ceciliano (PT). As diligências foram autorizadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves. A medida tem validade inicial de 180 dias.A operação, batizada de Tris in Idem, é desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do Executivo fluminense. O nome da operação é uma referência ao fato de se tratar do terceiro governador do estado que se utiliza de esquemas ilícitos semelhantes para obter vantagens indevidas.
Segundo apurado pelos investigadores, a partir da eleição de Wilson Witzel, estruturou-se no âmbito do governo estadual uma organização criminosa, dividida em três grupos, que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Liderados por empresários, esses grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais – a exemplo da Secretaria de Saúde – para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas.
No total, são 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão. Além dessas medidas, em outro inquérito, o também ministro do STJ Jorge Mussi autorizou o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão no estado do Piauí, objetivando coletar provas sobre suposto esquema de nomeação de funcionários fantasmas no governo fluminense para desvio de dinheiro público.

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