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Peritos e legistas cancelam paralisação após anúncio de reajuste salarial de 42%

Déficit e más condições de trabalho foram denunciados pela antiga direção do DPTC. Governo do AM prometeu que pagar novos salários já em fevereiro

acritica.comManaus (AM)

Peritos e legistas do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) do Amazonas cancelaram nesta sexta-feira (12), em Manaus, uma paralisação após o anúncio de reajuste salarial de 42% feita ontem, quinta-feira (11), durante o balanço de 100 dias de gestão do governador Amazonino Mendes. Os trabalhadores reclamavam de más condições de trabalho e também defasagem salarial de quatro anos. Segundo o Governo do Amazonas, os novos salários já começam a ser pagos em fevereiro.

“O nosso sindicato mobilizou toda a classe para que hoje realizássemos uma paralisação de advertência, que duraria 24 horas. Em virtude da nossa mobilização, o secretário de Segurança Pública nos chamou para conversar e discutir os salários e melhorias de estrutura”, afirmou Viviany Pinto, do Sindicato dos Peritos Oficiais de Natureza Criminal do Amazonas (Sipoeam). Segundo ela, os servidores trabalhavam em situação precária.


Foto: Gilson Melo

“Nós não obtivemos aumento no escalanomento que teve da Polícia Civil. Apenas as classes de delegado, escrivão e investigador foram agraciadas com o aumento, e todos os peritos ficaram de fora. Nossa estrutura também está precária, defasada, não temos equipamentos para fazer laudos mais consistentes”, denunciou Viviany Pinto.

Hoje, o vice-governador e secretário de Segurança Pública Bosco Saraiva compareceu na assembleia geral dos peritos e legistas. “Já vínhamos trabalhando dentro da Delegacia Geral a possibilidade real do reajuste, seguindo a orientação do Amazonino. A polícia científica faz parte do corpo da Secretaria de Segurança. Então é o mesmo tratamento”, afirmou.


Foto: Divulgação/SSP

Denúncia e troca de cargos

O déficit salarial e as más condições de trabalho dos servidores do DPTC já haviam sido denunciados em um documento pelos antigos diretores dos institutos Médico Legal, de Identificação, e de Criminalística, que saíram dos cargos. Bosco Saraiva, entretanto, criticou a antiga diretoria do DPTC. “Faltou a antiga direção espírito de cooperação e colaboração, enfrentar os problemas de frente como temos enfrentado com PM, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros”, enfatizou Bosco Saraiva.

No documento assinado pelo antigo diretor do DPTC, Jefferson Mendes, pelo antigo diretor do IC Ivanilson Mota, e pela antiga diretora do IML e Maria Margareth Vidal, eles afirmavam que haviam procurado recursos extraordinários com outros órgãos estaduais, angariando quase R$ 2,6 milhões, mas que aproximadamente R$ 1,9 milhões foram devolvidos, por conta da falta de conhecimento técnico dos setores responsáveis para realizar catalogações, pesquisas mercadológicas, elaborar projetos básicos, entre outras, perdendo o prazo de execução dos projetos e convênios.

Visita às instalações

Em visita às instalações do complexo do Instituto Médico Legal e Instituto de Criminalística, localizado na Zona Norte de Manaus, o secretário anunciou também a realocação de peritos do DPTC para espaços que estavam desocupados. O estande de tiros da Academia de Polícia, que fica no mesmo complexo, deve ser adaptado para receber a Polícia Técnico-científica do Estado, anunciou Bosco Saraia.

*Colaborou a repórter Joana Queiroz

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