Samel nota perda de força da covid-19 em seus hospitais
O grupo de hospitais privados de Manaus Samel notou nos últimos dias um arrefecimento na segunda onda da covid-19 em suas unidades de saúde.
“Hoje já vivemos uma realidade que o número de altas tem superado o número de internações”, disse o diretor clínico da empresa, Daniel Fonseca.
Ele falou isso na noite desta terça-feira, dia 26, no vídeo boletim que a Samel apresenta todos os dias sobre a doença.
Daniel arriscou a dizer que crê que o pico desta segunda onda, com uma variante mais agressiva do novo coronavírus, pode ter passado.
“Estamos com 217 pacientes internados dentro de nossas unidades. Esse número já é menor do que nós tivemos na última semana. Chegamos na última semana a ter 253 pacientes internados dentro de nossas unidades, o que acreditamos ter sido o pico”, disse ele.
VNI
Defensor do tratamento da covid-19 com ventilação não invasiva (VNI) contra a intubação precoce, ele enalteceu o método adotado pela Samel em Manaus, criticado na comunidade médica.
Mas comentou que o protocolo, hoje, é uma realidade, apesar da cepa mais agressiva no Amazonas.
“A realidade da ventilação não invasiva, hoje, funciona e é preconizada pelos grandes centros ao redor do mundo. Tivemos muito preconceito e fomos ridicularizados quando começamos a falar que a ventilação não invasiva era o melhor método. Nesta nova cepa, ela é ainda de suma importância e tem trazido resultados excelentes”, defendeu.
Balanço
Daniel, ao lado do presidente da Samel, Luis Alberto Nicolau, também apresentou os números de pacientes tratados nos hospitais do grupo, em toda a pandemia.
“Durante quase um ano, tivemos 2.568 pessoas sendo tratadas na Samel. Tivemos, graças a Deus, 2.053 altas domiciliares. Infelizmente, tivemos 298 óbitos por covid-19, isso perfazendo um percentual menor do que 12%”, disse acrescentando.
“Atualmente, temos mais de 70 pessoas internadas dentro de nossas unidades de terapia intensiva (UTIs)”.
Método disseminado
O presidente da Samel também aproveitou o boletim de hoje para fazer um balanço das ações feitas pela empresa na pandemia.
Ele citou a defesa da VNI, a abertura do hospital de campanha de Manaus, Gilberto Novaes, fechado pelo ex-prefeito Arthur Neto; a abertura do hospital de campanha de Boa Vista (RR), montado pela Samel; e da disseminação de equipamentos, métodos e protocolos que fez em mais de 50 cidades amazonenses e em várias cidades fora do Amazonas.
Oxigênio
Sobre a crise de oxigênio em Manaus e do crescimento exponencial da covid-19 na segunda semana de janeiro, Nicolau comentou as providências que adotou.
Ele destacou a compra de 180 cilindros de oxigênio que fez chegar a Manaus de avião para doar a unidades públicas de saúde do Estado.
Falou ainda da abertura de leitos, de compra de equipamentos e contratações de profissionais para manter as unidades Samel abertas, apesar da crise. “Não fechamos”, asseverou.
Foto: Reprodução