O Athletico sofreu durante os 90 minutos, não achou o antídoto para frear o River Plate e levou um duro, mas justo 3 a 0. O Furacão – que tinha feito só 1 a 0 na ida – ficou com o vice da Recopa. É hora de o clube parar de “tirar lições” e deixar claro, na prática, que já está em outro outro patamar no futebol brasileiro e até sul-americano.
Tiago Nunes até repetiu os 11, com Santos; Jonathan, Paulo André, Léo Pereira e Renan Lodi; Wellington, Bruno Guimarães e Lucho González; Nikão, Rony e Marco Ruben. O Athletico, porém, adotou postura completamente distinta do jogo de ida. Apático, não trocou passes, não ameaçou nos contra-ataques e viu o River ter o controle total.
O Athletico sofreu com as chegadas do River principalmente pelos lados, mas conseguiu afastar o perigo na maioria dos lances. Borré e Ignacio Fernández partiam para cima de Jonathan e Renan Lodi, e Pratto saía da área para confundir a marcação. Borré teve a melhor chance da etapa inicial. Ele limpou a marcação e soltou a bomba, mas parou na trave.
Athletico repete escalação, mas faz um de seus piores jogos (ou o pior) em 2019 — Foto: GloboEsporte.com
O Furacão segurava a pressão, mas não chegava ao ataque – o jogo ficou em 22 a 7 em finalizações para os mandantes. De tanto tentar, a pressão do River deu resultado. Pinola bateu à queima-roupa, e a bola tocou na mão de Lucho na área. Com ajuda do VAR, o árbitro assinalou o pênalti – Ignacio Fernandez anotou o gol após a bola bater em Santos e na trave.
– O River empurrou a gente muito para trás. Eles estavam com praticamente três jogadores em cima da nossa linha. Isso fez com que baixássemos. No primeiro tempo, deu certo. Mas aí saiu o pênalti, mudou tudo. Mesmo assim, conseguimos segurar até os 45 minutos, mas eles fizeram o segundo gol – avaliou Jonathan após o jogo.
Antes do segundo gol do River, o Athletico criou suas duas melhores chances, mas ficou no quase. Já o River mostrou-se mortal. Pratto aproveitou bobeira da zaga e bateu firme. Depois, Matías Suárez limpou o goleiro e anotou o 3 a 0. O placar magro na ida, com várias chances perdidas, e a postura apática nesta quinta custaram caro.
Tiago Nunes e os jogadores destacaram muito as “lições” que o 3 a 0 deixa para os próximos desafios. O Furacão precisa mostrar logo que aprendeu. É fazer as correções necessárias, melhorar a postura como visitante (o jejum em 2019 continua) e colher os frutos. Para, aí sim, se firmar no patamar dos grandes clubes do Brasil e da América do Sul.
O próximo desafio do Athletico, inclusive, será contra o Fluminense, pela sétima rodada do Brasileirão. A partida está marcada para 16h de domingo, na Arena da Baixada. Tiago Nunes precisa recuperar a cabeça e o corpo dos jogadores e montar o melhor time para recolocar o Furacão na parte de cima da classificação – hoje, o clube é apenas o 12°.