A Polícia Federal (PF) prendeu na manhã deste sábado, 6, cinco pessoas durante uma operação contra a pesca ilegal na região do Vale do Javari, no Amazonas. Três deles são suspeitos de participação na ocultação dos corpos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, assassinados em 5 de junho na região.
Os alvos da operação, segundo a PF, são integrantes de uma organização criminosa que financia e pratica a peca ilegal em terras indígenas da região e estão ligados a Amarildo Oliveira, o Pelado, preso preventivamente desde julho por envolvimento nas mortes de Bruno e Dom.
Um deles foi identificado como Amarílio de Freitas Oliveira, conhecido como Dedei, filho de Pelado. De acordo com a Globo News, ele foi preso em uma danceteria em Atalaia do Norte (AM). Outros dois presos são irmãos de Pelado.
O chefe da quadrilha é apontado como Ruben Villar, conhecido como Colômbia, que foi preso em julho, durante as investigações dos assassinatos do indigenista e do jornalista, por uso de documentos falsos, já que tem documentos de identificação do Brasil, do Peru e da Colômbia.
“A PF identificou fortes indícios de que Colômbia seria líder e financiador de uma associação criminosa armada dedicada à prática da pesca ilegal na região do Vale do Javari, responsável por comercializar grande quantidade de pescado que era exportado para países vizinhos”, afirmou a PF.
Assassinato em junho
Dom e Bruno desapareceram no Vale do Javari no início de junho. Depois de 24 horas sem dar notícias, as famílias de ambos fizeram o alerta pelas redes sociais e acionaram a polícia. Os corpos foram encontrados cerca de 10 dias depois.
Ao denunciar Amarildo da Costa Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima pelo assassinato do indigenista e do jornalista o Ministério Público Federal narrou que os tiros disparados pelos acusados eram destinados ao ex-servidor da Funai e que a morte do britânico se deu para ‘assegurar a impunidade do crime’.