Nesta terça-feira (14) a população mundial atingiu a marca de 8 bilhões. A informação foi divulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Com isso, especialistas alertam para o cenário.
O secretário-geral, António Guterres, ressalta que atingir o marco é uma prova de avanços científicos e melhorias em questões como nutrição, saúde pública e saneamento. No entanto, o líder da ONU adverte, em artigo de opinião, que à medida que a família humana cresce, também está ficando mais dividida.
Números recordes
O chefe das Nações Unidas aponta a existência de bilhões de pessoas em dificuldades, centenas de milhões enfrentando fome e números recordes de habitantes do planeta fugindo de casa em busca de ajuda, além de questões como “dívidas, dificuldades, guerras e desastres climáticos”.
Para Guterres, a menos que seja superada a lacuna entre os que têm e os que não têm recursos, o mundo está se preparando para um ser um lugar “cheio de tensões e desconfiança, crise e conflito”.
De acordo com a ONU, a população global levou 12 anos para crescer de sete para oito bilhões, mas chegará a nove bilhões em cerca de 15 anos, em 2037.
O Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), promove a campanha #8BillionStrong no qual os usuários compartilham material de educação sobre oito tendências para um mundo de oito bilhões de pessoas.
As medidas envolvem a desaceleração do crescimento, menos filhos, vidas mais longas, pessoas em movimento, populações envelhecidas, mulheres sobrevivendo aos homens, duas pandemias e centros de mudança.
Distribuição geográfica da população global
A agência da ONU apontou que, à medida que as regiões crescem em ritmos diferentes, a distribuição geográfica da população global está mudando.
A partir deste ano, mais da metade da população mundial viverá na Ásia, com a Índia e a China representando a maior parte dos habitantes no leste e sudeste da Ásia, onde se concentram 2,3 bilhões de pessoas.
Como os países com os mais altos níveis de fecundidade tendem a ter a menor renda per capita, o crescimento da população global se concentrou nos países mais pobres do mundo.
O aumento populacional amplia o impacto ambiental do desenvolvimento econômico, com o aumento da renda per capita impulsionando a produção e o consumo insustentáveis. O ritmo de crescimento mais lento ao longo de décadas pode ajudar a mitigar os danos ambientais na segunda metade do século atual.
Com informações da ONU**