Em agosto, a produção industrial brasileira cresceu 3,2% em relação a julho. É a quarta alta consecutiva, segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O gerente da pesquisa, André Macedo, comentou os resultados. “Neste mês, permanece a característica observada nos meses anteriores, ou seja, um crescimento disseminado, alcançando todas as categorias econômicas e a maior parte das atividades investigadas”, disse.
“Permanece também o destaque com atividades de veículos automotores, impulsionadas não só pela maior produção dos automóveis, mas também de caminhões e autopeças”, acrescentou o gerente da pesquisa. O setor de veículos automotores, reboques e carrocerias avançou 19,2%. O setor acumulou expansão de 901,6% em quatro meses consecutivos de crescimento na produção, mas ainda está 22,4% abaixo do patamar de fevereiro último.
Também tiveram influência positiva as atividades relacionadas aos produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,9%), de indústrias extrativas (2,6%), de produtos de borracha e de material plástico (5,8%), de couro, artigos para viagem e calçados (14,9%).
Entre as grandes categorias econômicas, o setor relacionado a Bens de Consumo Duráveis registrou a maior alta, com 18,5%. Bens de capital (2,4%), Bens intermediários (2,3%) e Bens de Consumo Semi e Não Duráveis (0,6%) também cresceram em agosto, mas abaixo da média da indústria.
O avanço de 3,2% da atividade industrial, de julho para agosto de 2020, alcançou todas as grandes categorias econômicas e 16 dos 26 ramos pesquisados.
Mesmo com o crescimento no setor, o país ainda não eliminou totalmente as perdas registradas nos meses de março e abril, quando a produção industrial caiu ao patamar mais baixo da série por conta da Covid-19. Em comparação a agosto do ano passado, a produção industrial recuou 2,7.