Durante entrevista ao “O Programa de Todos os Programas”, do R7, nesta terça-feira (08), Rafael Cortez, humorista e apresentador do “Matéria Prima”, desabafou sobre a sua carreira e o sucesso à frente do “CQC – Custe o Que Custar”, exibido pela Band.
Cortez contou que sua estreia na TV foi nos bastidores de uma produtora que fazia programas para diversas emissoras. “Eu trabalhei como caboman, produtor de estúdio, chefe de reportagem, roteirista, produtor de elenco e de merchandising”, relembrou.
O apresentador relatou que o convite do integrar o programa da Band surgiu para ser produtor, e não repórter. “Eles me convidaram para ser produtor do programa e, em um blefe meu, eu pedi para ser repórter. Eles deixaram eu fazer o teste, mesmo não me querendo como repórter, e entrei para o elenco”, lembrou.
Ele integrou a atração por dois períodos, de 2008 a 2012, e depois novamente em 2015, quando foi convidado para um posto na bancada, ao lado de Dan Stulbach e Marco Luque.
Sobre o sucesso, o humorista contou que teve que lidar com o ego por causa da fama conquistada.
“A gente é sempre festejado por uma geração de pessoas que diz que me via toda segunda e que não perdia um programa. Todos nós viramos nomes públicos, foi um programa revolucionário e eu sou muito grato por isso”, refletiu.
Apesar de agradecer a oportunidade de ser revelado pelo “CQC”, o entrevistado relembrou tensões dos bastidores do programa. “Todos nós tivemos problemas emocionais por ser muita pressão e não poder administrar nossa agenda pessoal com outras atividades que gostávamos”, afirmou.
Comparações com Serginho Groisman
Durante a entrevista, o apresentador do “Matéria Prima” refutou a ideia de estar apresentando uma releitura do mesmo programa apresentado por Serginho Groisman nos anos 90 na TV Cultura.
“Do Serginho, só restou o nome do programa, que é um nome patenteado pela TV Cultura. Eu tentei emplacar o formato, com plateia e banda de jovens, em diversos lugares até que a emissora comprou a ideia e eu sugeri resgatar a marca ‘Matéria Prima’, o que a direção aprovou imediatamente”, comentou.
Cortez também admitiu que não assistiu as edições anteriores apresentadas por Groisman e opinou sobre o estilo do apresentador.
“Eu não queria fazer uma releitura do programa do Serginho Groisman, porque aquilo é muito dele e já está na história da televisão brasileira. Ele é uma instituição e atemporal, que deu empoderamento para o jovem na TV. Tem jovens no meu programa porque o Serginho fez isso em algum momento. É uma replicação natural, mas eu tentei não me influenciar em nada”, explicou.
Por dois anos, Cortez trabalhou na Record TV, onde apresentou “Got Talent Brasil” e “Me Leva Contigo”, e comentou a experiência de conduzir programas com grandes estruturas de equipe e convidados.
“Eu apresentei programas de TV que eram espetáculos e eu fiquei muito impressionado porque eram estúdios inacreditáveis, que não serão reproduzidos por qualquer pessoa. É uma loucura”, lembrou.