Secretário de Saúde do Amazonas cobra aquisição de vacinas da Janssen durante reunião virtual do Consócio da Amazonia Legal (CAL)

Com o objetivo de pautar a vacinação das comunidades tradicionais da região contra a Covid-19 a reunião do Consócio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazonia Legal (CAL) aconteceu na manhã desta segunda-feira (12).  Durante a reunião o destaque foi para urgência na revisão das doses de vacinas disponibilizadas pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) para as comunidades.

O superintendente da Fundação Amazônia Sustentável (FAZ), Virgílio Viana, apresentou um estudo sobre a imunização das comunidades tradicionais e destacou a necessidade de revisão da quantidade de doses, abrangendo ribeirinhos, indígenas aldeados e não aldeados, quilombolas, garimpeiros tradicionais e pescadores.

Para o secretário de saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo a proposta de revisão das doses para as comunidades tradicionais é importante devido ao fato de o estado possuir uma grande população ribeirinha e indígenas. Outro assunto que gerou engajamento do secretário foi a possibilidade de aquisição da vacina da Janssen, de dose única, para que os estados da Amazônia sejam os primeiros a receberem as doses.

“Nós apoiamos completamente essa proposta de dose única para a Amazônia. Se conseguirmos, seria o ideal. Concentrar nossas ações para a compra dessas doses e que o primeiro lote que vier seja para a Amazônia”, destacou o secretário Marcellus.

A discussão sobre o imunizante de dose única durante a reunião vem depois de o Governo Federal fechar a compra de 38 milhões de doses da Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, o imunizante produzido pela farmacêutica promete ser eficaz em apenas uma dose, o que facilitaria questões logísticas, sobre tudo nos estados da Amazonia.

Para o secretário, a questão logística no Amazonas é um dos fatores que vem prejudicando a vacinação; “A ideia é unir os estados da Amazônia Legal para aquisição dessa vacina e, principalmente, destiná-la a essas comunidades mais distantes, porque assim diminuiria pela metade a logística de entrega dessas vacinas nessas comunidades”, afirmou Campêlo.

Marcellus destaca ainda, que assim que forem adquiridas doses do imunizante é preciso vacinar sem fazer divisão prioritária, “Essa medida é importante, tanto na questão de eliminar a cadeia de transmissão e também pela distância” disse.

Secretário de Saúde do Am,azonas em reuniào virtual
FOTOS: Rodrigo Santos/SES-AM

Presidida pelo presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, secretário de Saúde do Maranhão, na reunião foram definidas três ações: a revisão das populações tradicionais para divisão das doses de vacinas; a elaboração de um plano entre os estados da Amazônia para levar a assistência de saúde a essas comunidades; e buscar ajuda internacional para aquisição de vacinas.

Uma dessa ações já está em andamento, Virgílio Viana destaca que a FAS já está atuando na interlocução com instituições privadas internacionais e nacionais para recebimento de doações de doses de vacinas para a Amazônia. O governador do Maranhão, Flávio Dino, presidente do CAL deve ser o representante dos estados da região para conseguir essas doações.

A ação mais concreta é a reunião marcada com a Embaixada da Franca para a próxima terça-feira (13), com objetivo de discutir aquisição da vacina por meio da Guiana Francesa e do Suriname, países que fazem fronteira com estados da região Norte.

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