Terceira onda de Covid na Alemanha já preocupa no Amazonas

Governo do Amazonas acompanha evolução da doença e não descarta que uma terceira onda ocorra no estado 

Terceira onda da covid na Alemanha deixa Amazonas em alerta máximo

Amazonas entrou hoje, dia 23 de março de 2021, uma terça-feira, em estado de alerta máximo para uma terceira onda do coronavírus (covid-19).

O estado de atenção foi aceso depois que a Alemanha confirmou uma nova onda da doença no país.

A chanceler alemã, Ângela Merkel, chamou ontem a elevação dos casos e mortes de “nova pandemia”. 

Em Manaus, o secretário estadual de Saúde (SES), Marcellus Campelo, demonstrou preocupação com a informação. E admitiu que a notícia deixa o Amazonas em alerta máximo.

“Às seis horas da manhã [de hoje] eu conversava num grupo sobre isso. E eu disse: ‘Com essa notícia, temos que ter o máximo de alerta’”.

Entretanto, Campelo acrescenta que não há nada conclusivo. Contudo, ele já fala em plano de contingência para eventual volta do aumento da doença.

“Sobre esse vírus nada é definitivo, conclusivo, por enquanto. Mas, é preciso cautela e planos de contingência em caso de recrudescimento”. 

Impacto menor

O governador Wilson Lima (PSC) também já admite a possibilidade de o Amazonas sofrer a terceira onda do coronavírus.

Ressalta, todavia, que os impactos serão menores. E o motivo que aponta para isso é vacinação.

“Não tem outro jeito não, porque essas ações de restrições, de fechar o comércio, as pessoas não aguentam mais ficar presas. A sociedade hoje é muito urbana, desenvolveu seus hábitos urbanos, a economia também precisa girar. E é uma questão de sobrevivência, mesmo”.

Alerta de cientistas

Ainda no calor da segunda onda da covid-19, que levou os sistemas de saúde do Amazonas ao colapso, cientistas já indicavam a terceira onda.

Além disso, apontam que a epidemia será mais agressiva que as ondas anteriores.

O primeiro deles foi Lucas Ferrante, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Ele integra um grupo de trabalho sobre a covid que reúne pesquisadores do Inpa, das universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e do Amazonas (Ufam) e do Instituto Butantan.

Esse grupo prevê terceira onda ainda mais trágica do que a que se viu em janeiro e fevereiro deste ano em Manaus.

Na ocasião, Ferrante defendeu quarentena mais severa e vacinação de, no mínimo, 70% da população.

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas

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