Deu início nesta segunda-feira, 12, o julgamento do anestesista acusado de estuprar uma grávida dopada durante o parto no Rio de Janeiro. O advogado da vítima, que deverá ser ouvida durante audiência, afirmou que vai buscar a condenação com pena máxima — somente pelo crime de estupro de vulnerável, o tempo de reclusão pode chegar a 15 anos.
“Ela tem a expectativa de que acabe esse pesadelo, que ele seja condenado. Nós vamos brigar e lutar com o Ministério Público pela pena máxima aplicada a ele que puder, com as agravantes em se tratando de um crime hediondo. Que seja uma decisão que venha a ter um efeito pedagógico, que isso não ocorra com milhares de mães e pais mundo afora”, disse o advogado Francisco Bandeira.
Cinco meses após o crime, a defesa da vítima disse que a cliente enfrenta muitos traumas pela violência que sofreu.
“Ela está muito abalada. Ela tem muita dificuldade de andar na rua, se comunicar com as pessoas e interagir até com os filhos. Muitas dificuldades mesmo. Ela não consegue superar. Ela tem muito medo. Quando ela vê uma pessoa com as características físicas semelhantes às do réu, o emocional dela começa a mexer.”
Para preservar a vítima, o anestesista Giovanni Quintella Bezerra vai participar da sessão de forma remota, por meio de videoconferência, na 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Ele está preso há cinco meses em Bangu 8, no Complexo de Gericinó.