A proliferação do molusco, que ocorre sempre no período chuvoso, tem levado as associações comunitárias e grupos de moradores organizados a buscar informações sobre como lidar com a praga
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas) está desenvolvendo trabalhos de combate ao caramujo africano junto às comunidades de Manaus. A proliferação do molusco, que ocorre sempre no período chuvoso, tem levado as associações comunitárias e grupos de moradores organizados a buscar informações sobre como lidar com a praga.
Os bairros da Vila da Prata, na Zona Centro-Oeste, e Cidade Nova, Zona Norte, serão os próximos a receber a equipe da Divisão de Educação Ambiental (Diea), da Semmas, responsável pela formação de brigadas de combate ao caramujo africano.
No último fim de semana, o trabalho foi realizado no bairro da Betânia, nas imediações do Chapéu de Palha, situado na rua Comendador Ferraz, próximo ao campo do Betanhão.
De acordo com a Diea, as formações de brigadas de combate ao caramujo continuarão ocorrendo na cidade, mediante a solicitação das comunidades. Com a Betânia, subiu para oito o número de brigadas já formadas desde o início do projeto no ano passado.
“A ideia é fazer com que a população se organize e se capacite a combater o problema com as medidas certas de coleta e extermínio do molusco, e paralelamente se comprometa a manter suas ruas e calçadas livres de lixeiras viciadas, bem como seus quintais limpos”, explica o secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Antonio Nelson de Oliveira Júnior.
Capacitação
Aproximadamente 50 pessoas, entre moradores do bairro e integrantes do projeto Pelotão Mirim Ambiental, da Polícia Militar, participaram da formação, que contou com partes teórica e prática. Munidos de luvas, todos foram às ruas do bairro em busca de focos, cumprindo os seis passos para a erradicação dos caramujos africanos encontrados.
Durante a formação, o chefe da Diea, Raimundo Araújo, explica que o caramujo africano chegou ao Brasil na década de 80 e se espalhou por todo território nacional como uma praga, proveniente do continente africano.
Ele explica que o objetivo maior da formação é capacitar as pessoas para evitar que adotem procedimentos incorretos na intenção de se livrarem do problema, como por exemplo, pegar o caramujo com a mão desprotegida, despejar cal ou sal nos locais onde eles aparecem mantendo intactas as carapaças que podem acumular água e se tornarem criadouros de mosquitos transmissores de doenças como a dengue.
Moradora do bairro da Betânia há cinco anos, Maria Gorete de Souza, conta que costumava jogar sal no quintal para matar os caramujos. “Não sabia se o que estava fazendo era correto, mas queria proteger meus filhos e minha casa dessa praga”, afirma a moradora, que participou da formação e agora é brigadista.
“Muitos vizinhos não sabem como fazer e agora vou me comprometer a repassar pra eles as informações sobre os procedimentos corretos”, ressalta a moradora.
Contatos
As formações ocorrem sempre aos sábados, para que o maior número possível de moradores possa estar presente.
A da Vila da Prata será no próximo dia 20. Os interessados em ter as formações em seu bairro devem ligar para (92) 3236-7420 e (92) 98842-2506.
As formações atendem à Resolução número 6 do Conselho Nacional de Biodiversidade, que estabelece como meta a adoção de estratégias para erradicação de espécies exóticas invasoras.
*Com informações da assessoria de imprensa.